segunda-feira, outubro 26, 2009

Reflexão

Será Possível?

Será possível amar e odiar ao mesmo tempo? Será possível ser crente no Senhor Jesus e não amar? Será possível maldizer e amaldiçoar aqueles que amamos? Será possível caluniar e difamar sem mentir? Será possível fazer tudo isso e ir para o Céu?

Tantas vezes um homem disse mal do seu vizinho e lhe chamou ladrão, que o vizinho acabou por ser preso. Tempos depois, descobriu-se que o vizinho estava inocente. Após tanta humilhação e sofrimento, o rapaz foi solto e processou o caluniador.

Defendeu-se este em tribunal, dizendo ao juiz que se limitou a fazer comentários sem maldade ou segundas intenções. Ao que o juiz respondeu: “Escreva numa folha de papel o que disse do seu vizinho. A seguir, rasgue a folha em pedaços e espalhe-os pelo caminho no seu regresso a casa. Volte amanhã para ouvir a sentença”.

Obedecendo às ordens do juiz, o homem voltou no dia seguinte ao tribunal para ouvir o veredicto: “Fez o que eu disse? Pois bem, antes de ouvir a sentença, vá de volta pelo caminho e tente apanhar todos os pedaços de papel que ontem espalhou.”

“Não posso fazer isso, Senhor Dr. Juiz!” Respondeu o homem. “O vento deve tê-los espalhado tanto, que já não sei onde estão. É impossível recuperá-los”.

Ao que o juiz retorquiu: “do mesmo modo, é agora impossível reparar as consequências do mal feito. Um simples comentário negativo, uma simples crítica destrutiva e mal-intencionada, um mero acto de maledicência, calúnia ou difamação de tal modo se espalha que jamais será possível apagar os seus efeitos, resolver os agravos causados e libertar a pessoa da vergonha e da agonia sofrida, podendo mesmo vir a destruir-lhe a própria honra.” E acrescentou: “Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor não dizer nada!

Sejamos senhores da nossa língua para não sermos escravos das nossas palavras. Nunca se esqueça: Quem ama não vê defeitos; quem odeia não vê qualidades; e quem é amigo vê as duas coisas, mas honra acima de tudo a amizade.”

Ao serviço do mal, “A língua é como um fogo; é um mundo de maldade. Sendo uma pequena parte do nosso corpo, ela pode contaminar a pessoa inteira e pode queimar a vida toda com o seu fogo infernal” (Tiago 3:6).

sexta-feira, outubro 16, 2009

PASTOR E LOBO: AS 40 DIFERENÇAS



Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam pelas ovelhas e vivem perto delas. Assim, é complexo detectar quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de disfarce: parecem pastores, mas são lobos.

No entanto, não é difícil fazer a distinção. Urge a cada um de nós o exercício do discernimento.

1. Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.

2. Pastores gostam de convívio, lobos gostam de isolamento.

3. Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à luz dos holofotes.

4. Pastores se gastam pelas suas ovelhas, lobos gastam suas ovelhas.

5. Pastores têm autoridade bíblica, lobos têm autoridade em si.

6. Pastores têm uma esposa, lobos têm uma coadjuvante.

7. Pastores têm fraquezas, lobos têm fortalezas.

8. Pastores contam com as ovelhas, lobos contam as ovelhas.

9. Pastores doutrinam, lobos domesticam.

10. Pastores são doces, lobos são azedos.

11. Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.

12. Pastores possuem amigos, lobos possuem bajuladores.

13. Pastores se aplicam no ministério, lobos aplicam técnicas.

14. Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.

15. Pastores vivem de prebendas, lobos enriquecem dos dízimos.

16. Pastores andam na contramão do mundo, lobos andam nas baladas.

17. Pastores se baseiam em boa teologia, lobos se baseiam nos poetas e filósofos pagãos.

18. Pastores vivem para suas ovelhas, lobos vivem das ovelhas.

19. Pastores são pessoas humanas, lobos são personagens fictícias.

20. Pastores falam do púlpito, lobos se apresentam do palco.

21. Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.

22. Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.

23. Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.

24. Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos.

25. Pastores são usados por Deus, lobos manipulam em nome de Deus.

26. Pastores cuidam das ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.

27. Pastores se deixam conhecer, lobos se escondem.

28. Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos levam as ovelhas a segui-lo.

29. Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.

30. Pastores buscam a discrição, lobos buscam a promoção.

31. Pastores pregam a Lei e a graça, lobos pregam a libertinagem e a graça.

32. Pastores dirigem igrejas-corpo, lobos dirigem igrejas-empresas.

33. Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos se comprometem com o projeto pessoal.

34. Pastores vivem a fé bíblica, lobos vivem a fé mística.

35. Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos preservam as ovelhas como bebês.

36. Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos levam as ovelhas a segui-lo.

37. Pastores são transparentes, lobos são dissimulados.

38. Pastores pregam o Evangelho, lobos manipulam o Evangelho.

39. Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e extraordinários.

40. Pastores possuem dons e talentos, lobos possuem cargos e títulos.

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mateus 7:15).

quarta-feira, outubro 07, 2009

Primórdios do movimento reformado no Brasil

Atualmente existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, a Igreja Presbiteriana Conservadora, a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, tais como suíços, holandeses e húngaros. No entanto, a maior e a mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana de Brasil. Todavia, convém lembrar que já nos primeiros séculos da história de Brasil houve a presença de calvinistas no país.

1. Primórdios do movimento reformado no Brasil

1.1 A França Antártica
Os primeiros calvinistas chegaram ao Brasil ainda no começo da sua história. No final de 1555, um grupo de franceses liderados por Nicolas Durand de Villegaignon instalou-se em uma das ilhas da baía de Guanabara. Um ano e meio mais tarde, chegou à "França Antártica" um grupo de colonos e pastores reformados enviados pelo próprio João Calvino, em resposta a um pedido de Villegaignon. No dia 10 de março de 1557 esses evangélicos realizaram o primeiro culto protestante do Brasil e possivelmente do Novo Mundo. Eventualmente, surgiram desavenças teológicas entre Villegaignon e os calvinistas. Cinco deles foram presos e forçados a escrever uma declaração de suas convicções. O resultado foi a bela "Confissão de Fé da Guanabara." Com base nessa declaração, três dos calvinistas foram executados e outro foi poupado por ser o único alfaiate da colónia. O quinto autor da confissão de fé, Jacques le Baleur, conseguiu fugir, mas eventualmente foi preso e, mais tarde, foi enforcado. Dentre os que conseguiram retornar para a França estava o sapateiro Jean de Léry, que mais tarde tornou-se pastor e escreveu a célebre obra “Viagem à Terra de Brasil” (1578).

1.2 O Brasil holandês
A próxima tentativa de introdução do calvinismo no Brasil ocorreu em meados do século XVII através dos holandeses. No contexto da guerra contra a Espanha, a Companhia das Índias Ocidentais ocupou o nordeste brasileiro por vinte e quatro anos (1630-1654). O mais famoso governante do Brasil holandês foi o príncipe João Maurício de Nassau-Siegen, que aqui esteve apenas sete anos (1637-1644). Embora os residentes católicos e judeus tenham gozado de tolerância religiosa, a igreja oficial da colónia era a Igreja Reformada da Holanda, que realizou uma grande obra pastoral e missionária. Ao longo dos anos foram criadas 22 igrejas e congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Além da assistência aos colonos europeus, a igreja reformada fez um notável trabalho missionário junto aos indígenas. Ao lado da pregação e do ensino, houve a preparação de um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução das Escrituras e a ordenação de pastores indígenas, o que não chegou a efetivar-se. Com a expulsão dos holandeses, as igrejas nativas vieram a extinguir-se e, por um século e meio, desapareceram os vestígios do calvinismo no Brasil.

1.3 O protestantismo de imigração
O protestantismo em geral e o presbiterianismo em particular só puderam estabelecer-se definitivamente no Brasil após a chegada da família real, em 1808. Em 1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação cujo artigo XII, pela primeira vez em nossa história, concedeu liberdade religiosa aos imigrantes protestantes. Logo, muitos deles começaram a chegar de diversas regiões da Europa, inclusive reformados franceses, suíços e alemães. Em 1827, por iniciativa do cônsul da Prússia, foi fundada no Rio de Janeiro a Comunidade Protestante Alemã-Francesa, congregando luteranos e calvinistas.
Durante várias décadas, o calvinismo ficou restrito às comunidades imigrantes, sem atingir os brasileiros. Os poucos pastores reformados ou presbiterianos que por aqui passaram restringiram suas atividades religiosas aos estrangeiros. Tal foi o caso do Rev. James Cooley Fletcher, um pastor presbiteriano norte-americano que teve uma longa e frutífera ligação com o Brasil a partir de 1851. Ele deu assistência religiosa a marinheiros e imigrantes europeus, procurou aproximar o Brasil e os Estados Unidos nas áreas diplomática, comercial e cultural e escreveu o livro “O Brasil e os Brasileiros”, publicado em 1857. Através de seus contatos com políticos e intelectuais brasileiros, Fletcher contribuiu indiretamente para a introdução do protestantismo no Brasil. Foi por sua sugestão que o missionário congregacional inglês Robert Reid Kalley veio para o Brasil em 1855. Finalmente, o presbiterianismo foi implantado entre os brasileiros pelo Rev. Ashbel Green Simonton, que aqui chegou em 1859.

2. História da Igreja Presbiteriana do Brasil
A história da Igreja Presbiteriana do Brasil divide-se em alguns períodos bem definidos.

2.1 Implantação (1859-1869)
O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Alcançado por um reavivamento em 1855, fez a sua profissão de fé e pouco depois ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.
Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português. Em janeiro de 1862, recebeu os primeiros conversos, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro periódico evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e organizou um seminário (1867). O Rev. Ashbel Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867 (sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes).
Os principais colaboradores de Simonton, nesse período, foram seu cunhado Alexander L. Blackford, que em 1865 organizou as Igrejas de São Paulo e Brotas; Francis J. C. Schneider, que trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro, lecionou no seminário do Rio e foi missionário na Bahia; e George W. Chamberlain, grande evangelista e operoso pastor da Igreja de São Paulo. Os quatro únicos estudantes do "seminário primitivo" foram eficientes pastores: António Bandeira Trajano, Miguel Gonçalves Torres, Modesto Perestrelo Barros de Carvalhosa e António Pedro de Cerqueira Leite.
Outras poucas igrejas organizadas no primeiro decênio foram as de Lorena, Borda da Mata (Pouso Alegre) e Sorocaba. O homem que mais contribuiu para a criação dessas e outras igrejas foi o notável Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), um ex-sacerdote que se tornou o primeiro brasileiro a ser ordenado ministro do evangelho (1865). Conceição visitou incansavelmente dezenas de vilas e cidades no interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando o evangelho da graça.

2.2 Consolidação (1869-1888)
Simonton e seus companheiros eram todos da Igreja Presbiteriana do Norte dos Estados Unidos (PCUSA). Em 1869 chegaram os primeiros missionários da Igreja do Sul (PCUS): George Nash Morton e Edward Lane. Eles fixaram-se em Campinas, região onde residiam muitas famílias norte-americanas que vieram para o Brasil após a Guerra Civil no seu país (1861-1865). Em 1870, Morton e Lane fundaram a igreja de Campinas e, em 1873, o famoso, porém efêmero, Colégio Internacional. Os missionários da PCUS evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o Triângulo Mineiro e o sul de Goiás. O pioneiro em várias dessas regiões foi o incansável Rev. John Boyle, falecido em 1892.
Os obreiros da PCUS também foram os pioneiros presbiterianos no nordeste e norte do Brasil (de Alagoas até a Amazônia). Os principais foram John Rockwell Smith, fundador da igreja do Recife (1878); DeLacey Wardlaw, pioneiro em Fortaleza; e o Dr. George W. Butler, o "médico amado" de Pernambuco. O mais conhecido dentre os primeiros pastores brasileiros do nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma grande família presbiteriana.
Enquanto isso, os missionários da Igreja do Norte dos Estados Unidos, auxiliados por novos colegas, davam continuidade ao seu trabalho. Seus principais campos eram Bahia e Sergipe, onde atuou, além de Schneider e Blackford, o Rev. John Benjamin Kolb; Rio de Janeiro, que inaugurou seu templo em 1874, e Nova Friburgo, onde trabalhou o Rev. John M. Kyle; Paraná, cujos pioneiros foram Robert Lenington e George A. Landes; e especialmente São Paulo. Na capital paulista, o casal Chamberlain fundou em 1870 a Escola Americana, que mais tarde veio a ser o Mackenzie College, dirigido pelo educador Horace Manley Lane. No interior da província destacou-se o Rev. João Fernandes Dagama, português da Ilha da Madeira. No Rio Grande do Sul, trabalhou por algum tempo o Rev. Emanuel Vanorden, um judeu holandês.
Entre os novos pastores "nacionais" desse período estavam Eduardo Carlos Pereira, José Zacarias de Miranda, Manuel António de Menezes, Delfino dos Anjos Teixeira, João Ribeiro de Carvalho Braga e Caetano Nogueira Júnior. As duas igrejas norte-americanas também enviaram ao Brasil algumas notáveis missionárias educadoras como Mary Parker Dascomb, Elmira Kuhl, Nannie Henderson e Charlotte Kemper.

2.3 Dissensão (1888-1903)
Em setembro de 1888, foi organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil, que assim tornou-se autônoma, desligando-se das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo compunha-se de três presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco) e tinha vinte missionários, doze pastores nacionais e cerca de 60 igrejas. O primeiro moderador foi o veterano Rev. Blackford. O Sínodo criou o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e dividiu o Presbitério de Campinas e Oeste de Minas em dois: São Paulo e Minas.
Nesse período, a denominação expandiu-se grandemente, com muitos novos missionários, pastores brasileiros e igrejas locais. O Seminário começou a funcionar em Nova Friburgo no final de 1892 e, no início de 1895, transferiu-se para São Paulo, tendo à frente o Rev. John Rockwell Smith. O Mackenzie College, ou Colégio Protestante, foi criado em 1891, sendo seu primeiro presidente o Dr. Horace Manley Lane. Por causa da febre amarela, o Colégio Internacional foi transferido de Campinas para Lavras, e mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, numa homenagem ao seu grande líder, o Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928).
A primeira escola evangélica do nordeste foi o Colégio Americano de Natal (1895), fundado por Katherine H. Porter, esposa do Rev. William C. Porter. Na mesma época, a cidade de Garanhuns começou a tornar-se um grande centro da obra presbiteriana. Além do trabalho evangelístico, foram lançadas as bases de duas importantes instituições educacionais: o Colégio Quinze de Novembro e o Seminário do Norte, hoje sediado em Recife. No final desse período, além de estar presente em todos os estados do nordeste, a Igreja Presbiteriana chegou ao Pará e ao Amazonas.
No sul, foi iniciada a obra presbiteriana em Santa Catarina (São Francisco do Sul e Florianópolis). A igreja também iniciou a sua marcha vitoriosa no leste de Minas. O primeiro obreiro a residir em Alto Jequitibá foi o Rev. Matatias Gomes dos Santos (1901). As igrejas de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a ser pastoreadas por dois grandes líderes, respectivamente Eduardo Carlos Pereira (1888) e Álvaro Emídio G. dos Reis (1897).
Infelizmente, os progressos desse período foram em parte ofuscados por uma grave crise que se abateu sobre a vida da igreja. Inicialmente, surgiu uma diferença de prioridades entre o Sínodo e a Junta de Missões de Nova York. O Sínodo queria apoio para a obra evangelística e para instalar o Seminário, ao passo que a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através do Mackenzie College. Paralelamente, surgiram desentendimentos entre o pastor da Igreja Presbiteriana de São Paulo, Rev. Eduardo Carlos Pereira, e os líderes do Mackenzie, Horace M. Lane e William A. Waddell.
Com o passar do tempo, o Rev. Eduardo C. Pereira passou a tornar-se mais radical em suas posições, perdendo o apoio até mesmo de muitos dos seus colegas brasileiros. Como uma alternativa ao jornal do Rev. Eduardo, “O Estandarte”, o Rev. Álvaro Reis criou “O Puritano” em 1899. Em 1900 foi organizada a Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, que resultou da fusão de duas igrejas formadas por pessoas que haviam saído da igreja do Rev. Eduardo. Na mesrna época, um novo problema veio complicar ainda mais a situação: o debate acerca da maçonaria.
Em março de 1902, Eduardo C. Pereira e seus partidários começaram a divulgar a sua Plataforma, com cinco tópicos sobre as questões missionária, educativa e maçônica. Após pouco mais de um ano de debates acalorados, a crise chegou ao seu lamentável desfecho em 31 de julho de 1903, durante a reunião do Sínodo. Após serem derrotados em suas propostas, Eduardo Carlos Pereira e seus colegas desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.

2.4 Reconstituição (1903-1917)
No início de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu presbitério, com quinze presbíteros e sete pastores (Eduardo C. Pereira, Caetano Nogueira Jr., Bento Ferraz, Ernesto Luiz de Oliveira, Otoniel Mota, Alfredo Borges Teixeira e Vicente Temudo Lessa). Seguiu-se um triste período de divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades, litígios judiciais. Uma pastoral do Presbitério Independente chegou a vedar aos sinodais a Ceia do Senhor. O período mais conflitivo estendeu-se até 1906. Nessa época, o Sínodo contava com 77 igrejas e cerca de 6500 membros; em 1907, os independentes tinham 56 igrejas e 4200 comungantes.
O prédio do seminário, no bairro Higienópolis, foi ocupado sem solenidade em setembro de 1899. Os principais professores eram os Revs. John R. Smith e Erasmo Braga (este a partir de 1901); o membro mais destacado da diretoria era o Rev. Álvaro Reis. Em fevereiro de 1907, o seminário foi transferido para Campinas, ocupando a antiga propriedade do Colégio Internacional. A primeira turma de Campinas só se formou em 1912. Entre os formandos estavam Tancredo Costa, Herculano de Gouvêa Jr., Miguel Rizzo Jr. e Paschoal Luiz Pitta. Mais tarde viriam Guilherme Kerr, Jorge T. Goulart, Galdino Moreira e José Carlos Nogueira.
A obra presbiteriana crescia em muitos lugares. A primeira cidade atingida no Leste de Minas foi Alto Jequitibá (Manhuaçu) e no Espírito Santo, São José do Calçado. Os primeiros pastores daqueles campos foram Matatias Gomes dos Santos, Aníbal Nora, Constâncio Omero Omegna e Samuel Barbosa. No Vale do Ribeira, o dinâmico evangelista Willes Roberto Banks continuava em atividade. A família Vassão daria grandes contribuições à igreja.
Em 1907, o Sínodo dividiu-se em dois (Norte e Sul) e em 1910 foi organizada a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil. O moderador do último sínodo e instalador da Assembleia Geral foi o veterano Modesto Carvalhosa, ordenado 40 anos antes. A Assembleia Geral foi instalada na Igreja do Rio de Janeiro, e o Rev. Álvaro Reis foi eleito seu primeiro moderador. Os conciliares visitaram a Ilha de Villegaignon para lembrar os mártires calvinistas e comemorar o quarto centenário do nascimento de Calvino. Na época, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha 10 mil membros comungantes, outro tanto de menores e cerca de 150 igrejas em sete presbitérios. As demais denominações tinham os seguintes números - metodistas: 6 mil membros; independentes: 5 mil; batistas: 5 mil; e episcopais: cerca de mil. Em 1911, a IPB enviou a Portugal o seu primeiro missionário, Rev. João da Mota Sobrinho, que lá permaneceu até 1922.
Os missionários americanos continuavam em plena atividade. Devido a divergências quanto ao lugar da educação na obra missionária, a Missão Sul da PCUS dividiu-se em duas: Missão Leste (Lavras) e Missão Oeste (Campinas). O Rev. William Waddell fundou uma influente escola em Ponte Nova, Bahia. Pierce, um filho de Chamberlain, trabalhou na Bahia de 1899 a 1909. A obra presbiteriana no Mato Grosso começou nesse período: os pioneiros foram os missionários Franklin Graham (1913) e Filipe Landes (1915).
Em 1917, foi aprovado o “Modus Operandi”, um acordo entre a igreja brasileira e as missões norte-americanas, pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da IPB, separando-se os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Em 1924, a Assembleia Geral reuniu-se pela primeira sem qualquer missionário como delegado de presbitério.

2.5 Cooperação (1917-1932)
O maior líder presbiteriano desse período foi o Rev. Erasmo de Carvalho Braga (1877-1932), professor do Seminário e secretário da Assembleia Geral. Em 1916, participou com dois colegas do Congresso de Ação Cristã na América Latina, no Panamá. Poucos anos depois, tornou-se o dinâmico secretário da Comissão Brasileira de Cooperação, entidade que liderou um grande esforço cooperativo entre as igrejas evangélicas do Brasil na década de 1920. As principais áreas de cooperação foram literatura, educação cristã e educação teológica. Foi fundado no Rio de Janeiro o Seminário Unido, que existiu até 1932.
Outros esforços cooperativos desse período foram: (1) Instituto José Manoel da Conceição, fundado pelo Rev. William A. Waddell na cidade de Jandira, perto de São Paulo (1928); visava preparar os jovens que depois seguiriam para o seminário. (2) Associação Evangélica de Catequese dos índios (1928), depois Missão Evangélica Caiuá: idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell e instalada em Dourados, Mato Grosso, num esforço cooperativo das igrejas presbiteriana, independente, metodista e episcopal.
O Seminário de Campinas correu o risco de ser extinto por causa do Seminário Unido, mas finalmente superou a crise. Em 1921, o Seminário do Norte foi transferido para o Recife. As principais instituições educacionais das missões eram o Colégio Agnes Erskine, em Recife; Colégio 15 de Novembro (Garanhuns); Escola de Ponte Nova (Bahia); Colégio 2 de Julho (Salvador); Instituto Gammon (Lavras); Instituto Cristão (Castro) e principalmente o Mackenzie College. Os principais periódicos presbiterianos eram “O Puritano” e o “Norte Evangélico”.
Em 1924, a Assembleia Geral encerrou o trabalho missionário em Lisboa. No mesmo ano, Erasmo Braga e alguns amigos fundaram a Sociedade Missionária Brasileira de Evangelização em Portugal, que enviou para aquele país o Rev. Paschoal Luiz Pitta e sua esposa Odete. O casal ali esteve por quinze anos (1925-1940), regressando ao Brasil devido à constante falta de recursos.
Em 1921, morreu o Rev. António Bandeira Trajano. Com ele desapareceu a primeira geração de obreiros presbiterianos no Brasil, os da década de 1860. Outros obreiros falecidos nesse período foram: Eduardo Carlos Pereira (1923), Álvaro Reis (1925), Carlota Kemper (1927), Samuel Gammon (1928) e Erasmo Braga (1932). Além do seu trabalho na área religiosa, vários dos pioneiros presbiterianos deram valiosa contribuição de ordem intelectual e literária. Alguns autores e os livros que os celebrizaram são os seguintes: Modesto Carvalhosa (Escrituração Mercantil), António Trajano (Álgebra Elementar), Eduardo C. Pereira (Gramática Expositiva), Otoniel Motta (O Meu Idioma) e Erasmo Braga (Série Braga).

2.6 Organização (1932-1959)
Nas décadas de 1930 a 1950, a IPB continuou a crescer e a aperfeiçoar a sua estrutura, criando entidades voltadas para o trabalho feminino, mocidade, missões nacionais e estrangeiras, literatura e ação social. O período terminou com a comemoração do centenário do presbiterianismo no Brasil.
Nessa época, a igreja era constituída dos seguintes sínodos: (1) Setentrional: estendia-se de Alagoas até a Amazónia, estando o maior número de igrejas no Estado de Pernambuco; (2) Bahia-Sergipe: criado em 1950, quando o Presbitério Bahia-Sergipe, antigo campo da Missão Central, dividiu-se nos presbitérios de Salvador, Campo Formoso e Itabuna; (3) Minas-Espírito Santo: surgiu em 1946, abrangendo o leste de Minas e o Espírito Santo, a região de maior crescimento da igreja; (4] Central: formado em 1928, incluía o Estado do Rio de Janeiro, bem como o sul e o oeste de Minas Gerais; (5) Meridional: sínodo histórico (1910-47), abrangia São Paulo, Paraná e Santa Catarina; (6) Oeste do Brasil: fo formado em 1947, abrangendo todo o norte e oeste de São Paulo. No final da década de 50, foram entregues pelas missões os Presbitérios de Triângulo Mineiro, Goiás e Cuiabá.
Nesse período, as missões norte-americanas continuaram o seu trabalho: (1) PCUS: (a) Missão Norte: atuou no nordeste, onde o principal obreiro foi o Rev. William Calvin Porter (†1939); o campo mais importante era o de Garanhuns, onde estavam o Colégio 15 de Novembro e o jornal Norte Evangélico; (b) Missão Leste: atuou no oeste de Minas e depois em Dourados, Mato Grosso, cuja igreja foi organizada em 1951. (c) Missão Oeste: concentrou-se mais no Triângulo Mineiro, onde o casal Edward e Mary Lane fundou em 1933 o Instituto Bíblico de Patrocínio. (2) PCUSA: (a) Missão Central: seus principais campos eram Ponte Nova/Itacira, a bacia de Rio São Francisco, o sul da Bahia e o norte de Minas; (b) Missão Sul: atuot no Paraná e Santa Catariana, fundindo-se com a Missão Central por volta de 1937. O Rev. Filipe Landes foi grande evangelista no Mato Grosso (norte e sul). Em Rio Verde, Goiás, atuou o Rev. Dr. Donald Gordon, que fundou um importante hospital.
Trabalho feminino: as primeiras sociedades de senhoras surgiram en 1884-85 e as primeiras federações, na década de 1920. Os primeiros secretários gerais do trabalho feminino foram o Rev. Jorge T. Goulart e as sras. Genoveva Marchant, Blanche Lício, Cecília Siqueira e Nady Werner. O primeiro congresso nacional reuniu-se na I. P. Riachuelo, no Rio de Janeiro, em 1941; o segundo congresso realizou-se também no Rio em 1954. A SAF em Revista foi criada em 1954.
Mocidade: algumas entidades precursoras foram a Associação Cristã de Moços (Myron Clark), o Esforço Cristão (Clara Hough) e a União Cristã de Estudantes do Brasil (Eduardo P. Magalhães). Benjamim Moraes Filho foi o primeiro secretário do trabalho da mocidade, em 1938. O primeiro congresso nacional reuniu-se em Jacarepaguá em 1946, quando foi criada a confederação. Entre os líderes da época estavam Francisco Alves, Jorge César Mota, Paulo César, Waldo César, Tércio Emerique, Gutemberg de Campos, Paulo Rizzo e Billy Gammon.
Missões Nacionais: em 1940 foi organizada, na I. P. Unida, a Junta Mista de Missões Nacionais, com representantes da IPB e das missões norte-americanas. Entre os primeiros líderes estavam Coriolano de Assunção, Guilherme Kerr, Filipe Landes, Eduardo Lane, José Carlos Nogueira e Wilsor N. Lício. Até 1958, a Junta ocupou quinze regiões em todo o Brasil, com cerca de 150 locais de pregação. Em 1950 foi criada a Missão Presbiteriana da Amazônia.
Missão em Portugal: os primeiros obreiros foram João da Mota Sobrinho (1911-1922) e Paschoal Luiz Pitta (1925-1940). Em 1944 a IPB assumiu o trabalho, e foi criada a Junta de Missões Estrangeiras, com o apoio das igrejas norte-americanas. Os primeiros missionários foram Natanael Emerique, Aureliano Lino Pires, Natanael Beuttenmuller e Teófilo Carnier.
Outras organizações: (a) Casa Editora: começou a ser organizada em 1945, no início da Campanha do Centenário, sob a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro. A primeira sede foi instalada em dependências cedidas pela I. P Unida, na Rua Helvetia. (b) Orfanatos: em 1910, a Assembleia Geral planejou um orfanato para Lavras; em 1919, passou a funcionar em Valença, e em 1929 veio a ocupar uma propriedade da I. P. de Copacabana, em Jacarepaguá. O orfanato foi denominado Instituto Álvaro Reis. (c) Conselho Interpresbiteriano (CIP): foi criado em 1955 para superintender as relações da IPB com as missões e as juntas missionárias dos Estados Unidos. Tinha mais autoridade que o "modus operandi" de 1917,
Outras igrejas: (a) Igreja Presbiteriana Independente: em 1957, foi criado o Supremo Concílio, com três sínodos, dez presbitérios, 189 igrejas, 105 pastores e cerca de 30 mil membros comungantes; O Estandarte continuou a ser o jornal oficial. No final dos anos 30 houve um conflito teológico. Em 1942, um grupo de intelectuais liberais (entre os quais o Rev. Eduardo P. Magalhães) retirou-se da IPI e formou a Igreja Cristã de São Paulo, (b) Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada em 1940 pelos membros da Liga Conservadora da IPI. Em 1957, contava com mais de vinte igrejas em quatro estados e tinha um seminário. Seu órgão oficial é O Presbiteriano Conservador, (c) Igreja Presbiteriana Fundamentalista: foi fundada em 1956 pelo Rev. Israel Gueiros, pastor da 1a I. P. de Recife e ligado ao Concílio Internacional de Igrejas Cristãs (do líder fundamentalista norte-americano Cari Mclntire).
Neste período, a IPB participou de vários movimentos cooperativos: Associação Evangélica Beneficente (fundada por Otoniel Mota em 1928), Associação Cristã de Beneficência Ebenézer (dirigida pelo Dr. Benjamin Hunnicutt), Missão Evangélica Caiuá, Instituto José Manoel da Conceição, Confederação Evangélica do Brasil (fundada em 1934), Sociedade Bíblica do Brasil, Centro Áudio-Visual Evangélico (CAVE, fundado em 1951) e Universidade Mackenzie, que seria transferida à IPB no início dos anos 60.
Constituição da IPB: em 1924, foram aprovadas pequenas modificações no antigo Livro de Ordem adotado quando da criação do Sínodo, em 1888. Em 1937, entrou em vigor a nova Constituição da Igreja (os independentes haviam aprovado a sua três anos antes), sendo criado o Supremo Concílio. Houve protestos do norte contra alguns pontos: diaconato para ambos os sexos, "confirmação" em vez de "profissão de fé" e o nome "Igreja Cristã Presbiteriana". Em 1950, foi promulgada uma nova Constituição e no ano seguinte o Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia.
Estatística: em 1957, a IPB contava com seis sínodos, 41 presbitérios, 489 igrejas, 883 congregações, 369 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.741 membros comungantes e 71.650 não-comungantes. Os primeiros presidentes do Supremo Concílio foram os Revs. Guilherme Kerr, José Carlos Nogueira, Natanael Cortez, Benjamim Moraes Filho e José Borges dos Santos Júnior.
A Campanha do Centenário foi lançada em 1946, tendo como objetivos: avivamento espiritual, expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e homenagem aos pioneiros. A Comissão Central do Centenário, organizada em 1948, enfrentou muitas dificuldades. Após 1950, a campanha ganhou ímpeto. A Comissão Unida do Centenário (IPB, IPI e Igreja Reformada Húngara) planejou uma grande campanha evangelística com a participação de Edwyn Orr e William Dunlap, que se estendeu por todo o país em 1952. Outras medidas foram a criação do Museu Presbiteriano, do Seminário do Centenário e do jornal Brasil Presbiteriano, resultante da fusão de O Puritano e Norte Evangélico (1958). A 18a Assembléia da Aliança Presbiteriana Mundial reuniu-se em São Paulo de 27 de julho a 6 de agosto de 1959. O lema do centenário foi: "Um ano de gratidão por um século de bênçãos".
Texto do Rev. Alderi Souza de Matos

sexta-feira, setembro 25, 2009

A Europa está sendo islamizada

Mark Steyn, colunista político e crítico cultural, escreveu um livro notável, A América Solitária: O Fim do Mundo como Nós o Conhecemos (Regnery). Ele combina várias virtudes, bem incomuns de serem achadas juntas – humor, reportagem precisa e pensamento profundo – aplica-se a isto uma forma argumentativa de abordar o assunto mais importante da atualidade: a ameaça islâmica ao Ocidente.

O sr. Steyn apresenta uma tese devastadora, porém a apresenta em pequenos porções, e eu as juntarei aqui.

Ele começa com o legado de dois totalitarismos. Traumatizados pela atração eleitoral do fascismo, os Estados europeus do pós-II Guerra Mundial foram estabelecidos de cima para baixo, "para proteger a classe política quase que completamente de pressões políticas". Assim, o Estado "passou a considerar o eleitorado como se fossem crianças".

Segundo, a ameaça soviética durante a Guerra Fria incitou os líderes americanos, impacientes com a Europa (e o Canadá) por suas fracas reações, a efetivamente assumir suas defesas. Esta política benigna e hipermétrope levou-os à vitória de 1991, mas também teve o efeito colateral, não intencional e menos saudável, de aliviar as divisas européias para que pudessem construir um Estado de bem-estar social. Este Estado de bem-estar social originou várias implicações malignas.

  • Os países europeus, infantilizados e acostumados à babá americana, fez com que eles se preocupassem com pseudo-problemas tais como as mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que os homens se afeminavam.
  • Isto também os tornava neutros, juntando "a maioria das funções da maioridade", começando pelo instinto de procriação. Por volta de 1980, as taxas de natalidade despencaram, deixando uma base inadequada para os trabalhadores de hoje receberem suas aposentadorias.
  • Estruturado na base da dedução, num sistema Ponzi de intergerações, onde os trabalhadores de hoje dependem de suas crianças para receberem suas pensões.
  • O colapso demográfico significa que a população nativa de países como a Rússia, Itália e Espanha estão no começo de uma espiral da morte de sua população.
  • Isto os conduziu a uma falência de confiança, que por sua vez criou um "esgotamento da civilização", deixando os europeus despreparados para enfrentar suas guerras.

Manter a máquina econômica funcionando significava aceitar trabalhadores estrangeiros. Em vez de executar um plano de longo prazo a fim de se preparar para absorver os muitos milhões de imigrantes de que precisavam, as elites européias empurraram com a barriga, dando boas vindas a qualquer um que aparecesse. Em virtude da proximidade geográfica, da fatiga demográfica e de um ambiente propenso a crises, "o Islã é agora o provedor principal dos novos europeus", diz o sr. Steyn.

Mark Steyn




Chegando num período de fraqueza demográfica, política e cultural, os muçulmanos estão mudando profundamente a Europa. O "Islã tem mocidade e vontade, a Europa tem idade e bem-estar". Colocando de outra forma, "o Islã pré-moderno bate o Cristianismo pós-moderno". Boa parte do mundo ocidental, prevê o Sr. Steyn peremptoriamente, "não sobreviverá ao século XXI, e muito desaparecerá efetivamente durante nossas vidas, incluindo vários, se não a maioria dos países europeus". De forma mais dramática, acrescenta ele "será o fim do mundo como nós o conhecemos".

(Contrastando com esta opinião, eu acredito que ainda há tempo de a Europa evitar este destino.)

A América solitária trata do que o Sr. Steyn chama de "interação de forças maiores no Primeiro Mundo que deixaram a Europa por demais enfraquecida para resistir à sua implacável transformação na Eurabia". A população sucessora já tomou seu lugar na Europa e "a única pergunta é o quão sangrenta será esta transferência de bens". Ele interpreta os atentados em Madri e em Londres, assim como o assassinato de Theo van Gogh em Amsterdã, como os primeiros tiros do início da guerra civil na Europa e declara: "A colônia agora é a Europa."

O título A América Solitária refere-se à expectativa do sr. Steyn de os Estados Unidos, com seu "perfil" demográfico relativamente saudável, emerjam como o único sobrevivente deste severo teste. A "Europa está morrendo, porém a América não". Então, "o continente europeu está de certo modo propício a ser tomado, mas a América não". O público alvo do sr. Steyn é principalmente o americano: cuidado, diz ele, ou o mesmo acontecerá a você.

Essencialmente, com o propósito de estar preparado, ele aconselha duas coisas. Primeiro, evite os "sistemas europeus das previdências sociais inchadas", declare-os nada menos que uma ameaça à segurança nacional, encolha o estado e enfatize as virtudes de auto-confiança e inovação individual. Segundo, evite o "aumento da pressão ao império", evite entrincheirar-se na "Fortaleza América" mas destrua a ideologia do Islamismo radical, ajude a reformar o Islã e expanda a civilização ocidental para lugares novos. Somente se os americanos "conseguirem reunir a vontade de moldar ao menos parte deste mundo emergente", eles terão suficiente companhia para aquilo que os espera. Falhando, aguarde uma "Nova Idade das Trevas, um planeta no qual boa parte do mapa voltará a ser primitivo".

quinta-feira, junho 04, 2009

Conferência "A Batalha de Calvino pela Reforma"


Na quarta e quinta-feira (3 e 4 de junho de 2009) tivemos a alegria de ter conosco, conferenciando sobre “A Batalha de Calvino pela Reforma, o Rev. Angus Stewart (pastor da Convenant Protestant Reformed Church – Irlanda do Norte). O evento foi promovido pela ICPP e aconteceu na IPC de Telheiras, Lisboa.

As palestras do Rev. Angus, sobre a vida de Calvino e sua renhida luta para defender os princípios fundamentais da Fé Cristã Reformada trouxe-nos ânimo para que possamos continuar batalhando em prol da Fé Reformada na Europa.

Na foto o Rev. Francisco Moura e o Rev. Angus Stewart

On Wednesday and Thursday (3 and 4 June 2009) was a joy to participate of Conference about "John Calvin's Battle for the Reformation" with the Rev. Angus Stewart (pastor of the Convenant Protestant Reformed Church - N. Ireland). The event was sponsored by Christhian Presbyterian Church of Portugal (Igreja Cristã Presbiteriana de Portugal) and happened in the CPC of Telheiras, Lisbon.

The lectures of the Rev. Angus, on the life of Calvino and his struggle to defend the fundamental principles of the Christian Reformed Faith has an encouragement for us, that we can continue to battle in favor of the Reformed Faith in Portugal and Europe.

domingo, maio 31, 2009

PROJETO LUSITÂNIA



Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! (Mateus 28.19,20)


Lusitânia é a terra dos lusitanos, é Portugal.

Em obediência ao ide imperativo de Jesus, os portugueses também estão sendo evangelizados. Portugal está no projeto de Deus.

Os portugueses descobriram o Brasil, e hoje a igreja brasileira tem a oportunidade de levar os portugueses a descobrirem o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Portanto a igreja do Brasil não pode fugir da responsabilidade de orar, contribuir e enviar seus missionários para fazer discípulos portugueses para Jesus!

A Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e a Igreja Cristã Presbiteriana de Portugal fizeram um convênio para realizar um trabalho conjunto através de seus missionários e igrejas locais, a partir de suas posições geograficamente estratégicas para o cumprimento de sua missão dentro dos propósitos assim designados com os parâmetros da Bíblia e a Fé Reformada Presbiteriana.

A influência do Evangelho na Europa secularizada e distante de Deus pode transformar vidas que serão alcançadas pela graça e misericórdia do Senhor. O ambiente hoje está aberto para a mensagem redentora, apesar do avanço do secularismo.

No contexto em que Portugal está inserido hoje, é o país mais pobre da União Européia. O seu passado foi glorioso, teve muitas possibilidades de um grande desenvolvimento que foi desperdiçado. Uma nação que também teve um passado de ditadura que estorvou o progresso em vários aspectos. Porém hoje o país está em crescimento e tem o apoio da UE.

Portugal é a Porta de Entrada da Europa. Há um grande número de estrangeiros, principalmente brasileiros, que também podem ser alcançados com o Evangelho. O imigrante evangélico também tem apoiado na evangelização dos portugueses.

Os Missionários da APMT em Portugal

Os missionários Rev Francisco Moura e Elisama estão atuando há mais de 5 anos na região da Grande Lisboa. Estão trabalhando na revitalização de uma pequena igreja em Carnaxide e cooperaram na plantação de uma igreja no Norte de Portugal.

A missão avança rumo ao norte de Portugal

Com o Pb. Manoel Júnior, jogador de futebol e com um grupo que se reunia na sua casa, deu-se o início ao trabalho Presbiteriano. A Convite do Júnior pude ir até aquela cidade para dar os atos pastorais e fazer contatos com muitas pessoas, apesar da demanda de muitos esforços e recursos que não estavam ao alcance do Projeto Lusitânia.

No começo do trabalho um Jornal da cidade fez uma publicação de duas páginas sobre o desempenho dos jogadores crentes e sua fé em Deus. Tiveram uma oportunidade de testemunhar do Evangelho de Jesus à toda cidade. A manchete teve uma repercussão tão grande que muitos passaram a perguntar sobre a igreja. Agora estão tendo uma extraordinária oportunidade de consolidar um trabalho presbiteriano na região Norte do país (Distrito do Porto).

Depois de muitas orações e contatos com a APMT, solicitamos mais um missionário para Portugal, com a finalidade de auxiliar naquela nova frente de trabalho. Como resultado deste esforço de parceria e cooperação, foi enviado um pastor para a Missão de Paços de Ferreira.

Apôio espiritual aos estrangeiros:

Há em Portugal um grande número de estrangeiros. O Rev Francisco e família têm tido muitas oportunidades de testemunhar para muitos brasileiros e outros estrangeiros que estão trabalhando secularmente em Portugal.
Estão fazendo discipulado e visitas como também aconselhamento por telefone, email e Internet (podemos podemos chegar às pessoas por meio dos recursos tecnológicos).

Trabalhos com os jovens:

Todos os Sábados realizam reuniões com os jovens, às 20h00 e esporadicamente recebem alguns visitantes. Eles realizam várias atividades de interesse, como a exibição de filmes, encontros, campismo, retiros, louvor e estudos bíblicos. A Elisama está encarregada dos jovens.

Estudos bíblicos e orações:
Todas às Quintas às 20h30 e aos Domingos às 16h00 realizam reuniões de orações e estudos bíblicos na localidade de Carnaxide.

Treinamento da liderança local:

Curso teológico e treinamento de líderes

Num periodo de dois anos, ministraram cursos para treinamento teológico da liderança local a fim de que haja mais envolvimento e desenvolvimento da obra missionária de forma profícua.

CONHECENDO UM POUCO DO CAMPO MISSIONÁRIO NO CONTEXTO EUROPEU

A situação religiosa na Europa

Peter Brierley em seu livro “A Igreja do Futuro”, disse que a comunidade "cristã" na Europa alcança ao 60% da população, porém predisse uma diminuição durante a primeira década do novo milênio. Esta grande cifra reflete a posição das igrejas institucionais em Europa (a Católica Romana, a Ortodoxa e Protestante) que têm uma presença residual no continente. Juntas, estas igrejas institucionais prover um enorme tapete de opiniões, tradições, história e cultura.

Outros escritores descrevem Europa como "pós-cristã". Os edifícios das igrejas européias dominam com frequência os horizontes das cidades, porém, pelo contrário, em muitos lugares existe um nominalismo muito difundido e uma apatía generalizada onde a assistência às igrejas não alcança mais que 10% da população. Os evangélicos normalmente representam, aproximadamente 3% da população. O materialismo e secularismo tem substituído a religião na Europa, apresentando um desafio à relevância da igreja na sociedade contemporânea. O "pós-modernismo" está chegando a ser uma filosofia que influencia no pensamento de muita gente, o qual supõe outro desafio ao papel do cristianismo, à igreja e às Escrituras nas vidas dos europeus do terceiro milênio. A influência crescente de outras religiões mundiais, a promoção de sociedades "multi-fé", o interesse na filosofia da "nova era" e a influência do ocultismo indicam um vazio espiritual que as religiões tradicionais não são capazes de encher. Além do mais, o cristianismo está chegando a ser mais uma fé "privada e pessoal" que uma confissão pública e comunitária de fé. A afirmação do Islamismo está crescendo de uma maneira significativa. O próprio Islã reconhece a Europa como o principal "campo missionário" do mundo.

O crescimento dos sem-religião e das religiões orientais. O islamismo tem aumentado 3,3%,17 milhoes; num crescimento anual de 4,2%. Existem países da Europa com mais de 1 milhão de muçulmanos: Bulgária, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Iuguslávia. Em sete paises europeus os muçulmanos são mais de 10% da população e muito deste crescimento é através do Norte Africano e também pelo alto índice de natalidade. Os judeus chega a 0,25%; Hindús 0,11%. 565.000. crescimento 8% . Budistas e Silkhs 0,08% cada um. Os sem religiões chegam a 90 milhões de pessoas, num crescimento anual de 3,7%.

A situação da religiosidade portuguesa no passado e hoje

A tradição religiosa romana tem formado a identidade dos portugueses. Portugal, é um país que tem o Catolicismo como a religião predominante, as pessoas são frias e muito depressivas, vivem uma espiritualidade vazia, sem vida, sem força. Há um crescente afastamento em relação à Igreja Romana causado pelo sentimento deste vazio.

Num passado recente, a memória coletiva era apoiada frequentemente em mitos, alguns deles criados justamente para servirem de suporte à crença da sacralidade da Pátria em que a religiosidade é mais importante na formação da identidade coletiva do que à primeira vista possa parecer. O objetivo desses mitos era formar uma ideia de Portugal como um país amparado por Deus. Um exemplo disso era a crença surgida no fim do século XIV chamada ”milagre de Ourique”, e cuidadosamente cultivada até meados do século XIX. A lenda dizia que Cristo tinha aparecido a D. Afonso Henriques, na véspera da batalha de Ourique, para lhe dar ânimo e garantir a vitória. Em 1846 esta crendice estava a desvanecer-se, era urgente criar outro mito com igual poder simbólico e que alimentasse essa ideia religiosa da nacionalidade. As alegadas aparições da Virgem em Fátima, em 1917, foram uma boa alternativa face ao desmoronamento do mito de D. Afonso Henriques.

Para manter esta identidade católica as fronteiras com o resto da Europa iam sendo gradualmente fechadas, para evitar o contato com os protestantes dos países Nórdicos, onde, afinal, a ciência, a cultura e economia floresciam. O isolamento de Portugal e a sua condição de “cauda da Europa” vem daí.

Antero de Quental (escritor português do século XIX), ao referir-se às causas da decadência dos povos peninsulares, expressou o seguinte:

“Quem pode hoje negar que é em grande parte à Reforma que os povos reformados devem os progressos morais que os colocam naturalmente à frente da Civilização? Contraste significativo, que nos apresenta hoje o mundo! As nações mais inteligentes, mais moralizadas, mais pacíficas e mais industriosas são exactamente aquelas que seguiram a revolução religiosa do século XVI (leia-se a Reforma Protestante de Lutero e Calvino): Alemanha, Holanda, Inglaterra, Estados Unidos, Suiça. As mais decadentes são exactamente as mais católicas!” (Quental, 2001).

Em 1838 um médico escocês, o Dr. Robert Reid Kalley, decidiu mudar-se para a Ilha da Madeira (Portugal), levado pela crença de que o clima ameno da Ilha permitiria a recuperação da saúde da esposa. Oriundo de uma nação de arraigada cultura e Fé protestante, ficou chocado ao ver o estado de ignorância do povo madeirense, que não lhes permitia o acesso direto à Palavra de Deus, pela leitura pessoal da Bíblia. Ele fundou ‘escolas de primeiras letras’ em diversas partes da Ilha, onde a alfabetização baseava-se no estudo da Cartilha e na Bíblia. As iniciativas de Kalley não foram no entanto vistas com bons olhos pela Igreja Católica e autoridades civis, que o acusaram de estar a querer propagar a Fé protestante entre os portugueses. A oposição às iniciativas pedagógicas de Kalley cresceu em espiral, acabando o Governador Civil por mandar “fechar todas as escolas protestantes”, dando ordens para que fossem intimados “quaisquer Professores ou Professoras. Nos jornais da época, são inúmeras as notícias da perseguição cerrada de que Kalley e os seus seguidores foram vítimas, muitos dos quais enfrentaram os tribunais e a prisão. As sentenças chegaram a incluir a pena de morte. Mais de duas mil pessoas se converteram à Fé protestante que Kalley professava. Como resultado disto a perseguisão religiosa foi aumentando a ponto de levar um grande número de madeirenses a emigrar para o continente americano. A família Kalley refugiou-se no Brasil e realizou um trabalho evangelistico pioneiro a partir de1855.

Até hoje, os portugueses ainda estão com a idéia de que uma igreja evangélica ou protestante é uma religião nova, que corroem a identidade portuguesa.

Os horrores da Inquisição Católica que, durante 300 anos em plena baixa de Lisboa, procedia à matança indiscriminada e à queima impiedosa de milhares de Judeus e Protestantes. O crime que lhes era imputado era o de desconfiar-se que não seguiam a fé Católica.

Desde 1970 as mudanças políticas e sociais têm transformado a nação de uma potência colonial ditatorial atrasada para uma democracia moderna e industrial. Com isso veio uma liberdade religiosa sem precedentes. No entanto, é triste ver que não tenha resultado num número maior de pessoas chegando à fé em Cristo, apenas 1% da população é evangélica. A veneração à Maria, Fátima e Conceição é muito difundida.

Depois de muitas restrições e perseguições, hoje os evangélicos desfrutam de liberdade para proclamar o Evangelho. Mas, o crescimento ainda tem sido lento e há muitas discriminações. Há sete províncias no norte e nordeste que são extremamentes católicas. Dos 316 municípios, 73 não têm igrejas. Das 4.400 localidades, somente 768 têm uma testemunha evangélica residente. Evangelizar os jovens constitui-se uma verdadeiro desafio. Estima-se que mais de 50% dos jovens já experimentaram drogas e muitos estão imersos no ateismo e práticas pagãs. Mais de 5 milhões de portugueses emigraram para países dos continentes Europeu, Americano e Oceania em busca de dinheiro e melhores condições de vida. Há também um esvaziamento nas pequenas cidades devidos a falta de oportunidades de trabalho e estudos para os jovens. Como resultado disto muitas cidades estão em processo de desertificação populacional.

Faça uma parceria com o Projeto Lusitânia

O mundo secular está buscando na parceria a solução para resolver seus problemas. Nós que fazemos parte do Reino de Deus sabemos que sem parceria não chegaremos a lugar algum.
Apesar de termos alguns milhares de igrejas no mundo, existem ainda uma grande necessidade de pregação e plantação de igrejas. Portugal ainda não experimentou de um despertamento de Deus.

Pela Causa Missionária,

Rev. Francisco Moura e família
APMT-Portugal

CONTATOS:
E-mails:
franciscoelisama@yahoo.com
apmt@apmt.org.br

Sites:
www.franciscomoura.blogspot.com
www.apmt.org.br

(código para contribuição: 0,39)

quarta-feira, abril 08, 2009

10 Conselhos para quem trabalha com música na igreja

10 Conselhos para quem trabalha com música na igreja


Começo justificando o título. Por que não usei "10 conselhos para equipes de louvor" ou "10 conselhos para levitas". Primeiro, porque louvor é todo o culto e não apenas aquele período em que cantamos cânticos. Nós louvamos a Deus quando oramos (se a oração for de louvor), quando lemos a Bíblia (se o texto expressar louvor) e, mesmo em silêncio quando temos uma atitude de louvor a Deus durante o culto. Limitar o louvor ao período de cânticos e desconsiderar tudo que acontece antes e depois. Sobre levitas, este ministério acabou no Antigo Testamento. Os levitas, assim como os sacerdotes, eram instrumentos de Deus dentro da lei cerimonial. Lei cerimonial é a parte da lei que tem relação com as cerimônias e sacrifícios do Antigo Testamento. Esta lei teve seu cumprimento final em Cristo e acabou nele. Jesus derramou a última gota de sangue requerida para expiação de pecados. Portanto, trazer os levitas, os sacerdotes, a arca, o chofar, etc, de volta, é retroceder. É voltar ao Antigo Testamento e desprezar a Aliança da Graça, que tem como sumo-sacerdote o próprio Jesus Cristo. Bem, feitas as ressalvas, vamos aos 10 conselhos:


1. Tenha uma vida de oração.

2. Leia constantemente sua Bíblia.

3. Confronte o que você lê na Bíblia com o modo como você pensa, age e fala.

4. Conserte seus relacionamentos (família, vizinhos, trabalho, escola...).

5. Nos ensaios, tente fazer o seu melhor. Maldito é aquele que faz a obra do Senhor relaxadamente (Jr 48.10).

6. No culto, lembre-se que os adoradores estão ali por causa de Jesus e não por sua causa.

7. Se você é hábil com a voz ou com algum instrumento, lembre-se de que isto foi dado por Deus, logo, nada de vaidades.

8. Não tente atrair atenção para si. Mostrar habilidades nos instrumentos (solando ou com arranjos chamativos) ou com a voz, improvisando e distorcendo a melodia, podem atrair atenção para você, desviando a atenção que deve ser dada a Cristo.

9. Depois de cantar/tocar permaneça no culto, participando com atenção. Retirar-se depois dos cânticos é comportamento de "estrela", totalmente impróprio em um culto em que Jesus é o centro.

10. Aprenda a analisar as letras daquilo que você canta. Uma boa melodia, nem sempre traz uma boa letra. E que prejuízo isto causa no culto. Peça ajuda do seu pastor neste sentido.


Por fim, mas com a impressão de que muito ainda deve ser dito, termino recomendando os escritos do Maestro Parcival Modolo. Excelentes para quem quer aprimorar o conhecimento musical e louvar a Deus mais adequadamente.

terça-feira, abril 07, 2009

Procurando uma Igreja séria?

Procurando uma igreja séria?
4 conselhos para você.



Existem igrejas e igrejas. De fato, para quem não tem muita experiência é difícil saber em quem acreditar, afinal, todas se dizem de Deus.

Mas, eu gostaria de dar 4 conselhos para você identificar uma igreja séria:

1º - Observe quanto tempo esta igreja dedica ao ensino da Palavra de Deus. Esta igreja tem escola dominical? Tem estudos bíblicos? O pastor, quando prega, explica o que está na Bíblia de modo que você sai do culto entendendo o que foi dito e percebe que aprendeu coisas que não sabia?

2º - Observe se há piedade na vida das pessoas desta igreja. Você é bem recebido(a) com alegria e simpatia quando vai visitá-la? As pessoas se interessam por sua vida? Você vê sinceridade nestas pessoas? Você percebe que, realmente, elas são servas de Deus, que vivem o que pregam?

3º - Observe se esta igreja é um local de consagração ou de entretenimento? As pessoas vão nesta igreja para buscar aprender mais da Palavra de Deus, para louvá-lo com o coração, ou apenas para passarem 50 minutos pulando, cantando e extravasando?

4º - Observe se esta igreja é adepta da teologia da prosperidade ou da teologia da fidelidade. Explico: Se nesta igreja o discurso do pastor for algo como: “siga a Deus e seus problemas vão ter fim”, “siga a Deus e você será próspero financeiramente”, “Deus quer que você seja cabeça e não cauda”, e coisas deste tipo: Fuja. Esta não é uma igreja bíblica. Agora, se o discurso for: “Creia em Deus e ele nunca te desamparará, mesmo nos dias mais difíceis”, “Creia em Deus e, por mais sofrimentos que você tenha nesta vida, na vida eterna sua alegria será incomparável”, ou “Ainda que você esteja doente, desempregado, ou sofrendo, saiba que Deus está com você. Ele nunca nos abandona.” Pronto, esta igreja é bíblica. Tem a mensagem correta.

Que Deus o abençoe e lhe dê sabedoria.

Rev. Francisco Moura em Londres




Rev Francisco Moura em frente ao templo de uma igreja anglicana que Wesley frequentou. Atualmente a London City Presbyterian Church realiza seus cultos nela.


Eu e o Alex, quando o visitei em Londres, em novembro de 2008.